quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Ex-jornalista ex-periência.

   Um dos prazeres de perder o sono no período da manhã quando não se tem mais nada para fazer (ou ainda mesmo que tenha algum trabalho, etc) é poder assistir aos desenhos animados que passam na televisão. Como nunca tive TV por assinatura, a cabo, essas coisas, sempre me contentei em ver os desenhos da TV aberta mesmo  (afinal, qual seria a outra opção para esse caso?).
   O bom era que quando passava um desenho que eu não gostava em um determinado canal, eu podia mudar para outro que encontraria um mais interessante.
   Recentemente, infelizmente isso mudou. Uma rede de televisão sem escrúpulos, resolveu que desenhos matinais não são algo importante e no lugar, preencheram a programação com um programinha nojento de uma apresentadora ex-jornalista que fala sobre (in)utilidades e outras baboseiras.
   Felizmente Rogério Skylab... Enfim, não sei o que escrever para apresentar esse clipe que apesar de não ser oficial é muito bom, e coincidentemente hoje exatamente fazem cinco anos que ele foi postado na internet, segundo a data que consta no youtube.

  
     

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O que eu aprendi na escola...


Que ela não queria me ensinar.

POLÍTICA

     Um de meus primeiros contatos com a política foi na escola, por volta da sexta ou sétima série (naquela época, não existia esse negocio de nono ano). O primeiro contato mesmo era ficar imitando o Dr. Enéas Carneiro toda vez que ele aparecia em sua campanha na televisão ao som da quinta sinfonia de Beethoven xingando os outros candidatos com os impropérios mais cultos que alguém poderia proferir. (Ex. Acéfalos e apedeutas). Enfim.

Essa é a campanha dele como deputado federal, eu imitava a campanha a presidência, mas não encontrei nenhum vídeo decente dessa no Youtube.

Voltando para a sexta ou sétima série, exatamente quando resolvi montar uma chapa para concorrer no grêmio da escola. Convoquei alguns amigos e fizemos uma chapa totalmente controversa na qual eu era o companheiro presidente. Baseamos praticamente nossa campanha em propagandas sensacionalistas, levando em conta a fama que os integrantes da chapa tinham devido às incontáveis visitas a diretoria. Imaginei que ganharíamos votos devido a essa fama, já que era no mínimo engraçado imaginar o corpo docente tendo que lidar com aquela turma de arruaceiros sem represálias, advertências, suspensões, etc, já que seriamos os representantes dos estudantes. Uma de nossas táticas de campanha inclusive foi distribuir balas entre os mais novos com o intuito de comprar seus votos, o que não funcionou, devido a uma incrível consciência política já desenvolvida na terceira série.
Obviamente nós perdemos a eleição para a chapa concorrente, também da minha sala. Pouco antes da votação até tentamos mudar o rumo da campanha e apresentamos algumas propostas sérias, mas já era tarde. O estrago estava feito e foi refletido no nosso massacre nas urnas.

***

No ano seguinte, o companheiro vice-presidente de minha chapa, resolveu montar a sua própria e me convidou para assumir o cargo de vice-presidente. Acabei aceitando mesmo traumatizado, porque me disseram que o vice não fazia nada e ainda podia sair da aula para as reuniões com a diretoria e tal.   
Dessa vez resolvemos fazer a coisa direito (resolvemos porque era a mesma chapa, só que com cada integrante exercendo uma função diferente).
Tínhamos propostas, não tentamos comprar votos, participamos do debate com argumentos e propostas, totalmente ao contrário de nossos adversários, dessa vez uma criançada mais nova de outra sala, que rasgavam nossos cartazes e compravam votos distribuindo bombons para a criançada. É engraçado como um bombom pode destruir uma incrível consciência política desenvolvida em qualquer série. Perdemos novamente e ainda ficamos sem entender. É claro que o fato da chapa concorrente ser composta por um pessoal mais cari$mático que o da nossa pode ter ajudado também.
A única eleição que eu acabei vencendo naquela escola foi a de “garoto mais bonito” só que com votos de protestos. E eu nem tinha me candidatado. Mas existia uma semelhança entre ser o “aluno mais bonito da escola” e ter uma chapa eleita para o grêmio: ambos os títulos não significam nada.